Abismo.
Daí então eu finalmente percebo que não caia no escuro. Caia em meu profundo ser. E estranhava, pois nunca havia estado naquele local. O único problema de encarar o fundo do abismo, é que ele olha tão profundamente, quanto é olhando. A cada passo, um novo estado se demonstrava para mim. Minha face, insistentemente, fazia-me querer acreditar que posso ser aquilo que tanto desejo... Posso além, pois poderei sentir da forma que desejo. Controlando, deixo fluir aquilo que me consome, constrói... E vivo perguntando se questionar realmente ajuda em algo. Basta abrir os olhos e ver o que, por tempos, sempre estava na nossa frente. Nosso reflexo. Pois podemos sentir que a cada movimento há uma repercussão do que nos tornamos. Ajudando a construir, ou não, nosso futuro. Ou seja, nós mesmos.

(Luiz Bringel

Nenhum comentário:

Postar um comentário