Queria, às vezes.

Queria poder me desligar do mundo, às vezes. Sem sentir, lembrar... Um inerte. Tentar fazer isso seria insano. Tantos me olham, e não me vêem. Falam, e não dizem nada. Queria ser assim. Queria acreditar na simplicidade das pessoas e o quanto elas lutam, assim como eu, pelo que indicam importante. Mas a vida é, cada vez mais, plural. É cheia e sentimentos, pessoas, lembranças. Acredito que a riqueza estende-se além da vida, posso levá-la a qualquer lugar. Pois meu legado vem da alma, assim como minhas conquistas. Poucas, mais verdadeiras. Detesto gente pobre. Pobre de espírito. São pessoas secas e frias, incoerentes. Pensando bem... Prefiro sofrer vivendo. Mas às vezes, não ligaria em ser um inerte.


(Luiz Bringel

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