Tentar
É uma marca de um passado que, inevitavelmente, faz-se presente. Quanto mais tento controlá-la mais seguro, aparentemente, fico. Quanto mais tento recomeçar, mais marcas surgem. Ferindo a segurança impecável que existia antes de tentar. E com tantas coisas a escolher, ficar na dúvida é natural, ou não. Ficar com medo é banal, ou não. Não adianta pedir compreensão, nem fingir que não me importo. Apenas tentarei abrir a porta, tentarei olhar para fora, e decidir o que vale a pena deixar entrar, e o que merece sair. Eu não quero certezas, não agora. Não quero duvidas, vão embora. Apenas peço coragem e dignidade para tentar, da melhor maneira possível... Depois, posso me arrepender de tudo, menos de que arrisquei. Sabendo que poderia, ou não, ganhar novos riscos, novas marcas. Marcas estas que me (des)constroem.

(Luiz Bringel

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