Em cima, em baixo.
Acanhado cheio de manha, busco pouco a pouco meus instintos mais irreconhecíveis. Aqueles tais que, mesmo tendo uma cópia de minha feição, custam a parecer-se comigo. Aqueles mesmos instintos, negados pelas minhas afirmações mais verdadeiras e severas. Busco cada argumento plausível, ou não, para atingir a sombra tão relaxante de uma árvore tranqüila e cheia de frutos. Árvore esta regada pelas minhas gotas d’água. Tiradas tão naturalmente pelo pouco esforço de pessoas irritantes... E agora, após tudo, descanso sob minha árvore. Sobre o cadáver dos meus irritantes.

(Luiz Bringel

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