Glória
Quando a noite cai e eu me vejo só, dentro. Percebo que minha solidão sempre foi fiel, e segura. Dela tiro todo meu proveito, minha existência. Por mais fraco, internamente, digo-me forte. Todos querem ver minha gloriosa queda. Minha defeituosa meta. E se der vontade de chorar, não chorarei! Engulo e sorrio. Pois a maior satisfação de alguém ruim é ver uma lágrima a um sorriso. Se eu pensar em desistir, fecharei meus olhos. Pois, sei aonde chegar, não por ver. Sim por controlar meus passos. Depois, irei comemorar com minha inseparável aliada. Minha solidão. Comemorar minha gloriosa vitória.

(Luiz Bringel

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